sábado, 27 de dezembro de 2008

Pílula antibarriga é suspensa no país

Recentemente suspenso no Brasil por recomendação da Agência Européia de Medicamentos (Emea), o medicamento rimonabanto, comercializado sob o nome de Acomplia, era considerado pelo fabricante uma das maiores promessas da indústria farmacêutica no combate à obesidade. A partir de agora, o princípio ativo não pode mais ser importado, distribuído ou comercializado. Também foi determinado o recolhimento do medicamento em farmácias de todo o país.Distribuído na Europa, desde 2006, o medicamento, popularmente conhecido como a ‘pílula antibarriga’, chegou ao Brasil em abril de 2008, época em que já estava suspenso nos Estados Unidos. Mesmo sob a alegação do fabricante de que a droga auxilia na redução de peso e melhora os níveis de gordura no sangue, em junho de 2007 o FDA (Food and Drugs Administration) - agência norte-americana que regula alimentos e fármacos vetou o medicamento. O órgão solicitou, à época, mais estudos sobre os efeitos colaterais, especialmente distúrbios psiquiátricos e risco de suicídio.E são justamente estes efeitos, que parecem não compensar os benefícios, os principais motivos da suspensão. Estudos demonstraram que pacientes que utilizaram o medicamento tiveram aproximadamente o dobro de risco de desenvolver problemas psiquiátricos, como ansiedade e depressão, comparados àqueles que não utilizaram o produto. Outro agravante é que, embora haja a informação de contra-indicação a pacientes com problemas psiquiátricos expressa na bula, a recomendação não vem sendo seguida, aumentando o risco de problemas graves.De acordo com a agência européia, um dos fatores que diferencia a efetividade do Acomplia na prática clínica ter sido mais limitada do que demonstravam os estudos, foi que até então os pacientes avaliados somente tomaram a medicação por curtos períodos de tempo.

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