sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Qual a posição da Organização Mundial da Saúde sobre o aleitamento materno?


A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê. Entretanto, menos de 40% das crianças menores de seis meses são amamentadas exclusivamente.
Após esta idade, outros alimentos devem complementar a amamentação até a criança completar dois anos de idade ou mais.
O ideal é que o aleitamento materno comece em menos de uma hora após o nascimento do bebê. Deve ser ofertado sempre que o bebê desejar mamar, durante o dia ou à noite.

Seguem abaixo algumas vantagens da amamentação, elaboradas e publicadas pela OMS, em suas campanhas de saúde:

Benefício para a saúde do bebê:
O leite materno é o alimento ideal para recém-nascidos e bebês pois fornece todos os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável. É seguro, pronto para o consumo e sem custo. Contém anticorpos que protegem os bebês das doenças comuns da infância, como diarreia e pneumonia – as duas principais causas primárias de mortalidade infantil.

Benefício para a saúde da mãe:
A amamentação reduz o risco de câncer de ovário e mama e ajuda a mulher a recuperar seu peso corporal, diminuindo os índices de obesidade.

Benefícios a longo prazo:
Além dos benefícios imediatos à saúde, a amamentação contribui para uma boa saúde por toda a vida. Adultos que foram amamentados têm mais chance de apresentar bons níveis de pressão sanguínea e colesterol, e menor risco para sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2. Há evidências científicas de que indivíduos amamentados tenham melhores resultados em testes de inteligência.

Por que não utilizar fórmulas infantis?
As fórmulas infantis não contêm os anticorpos encontrados no leite materno e estão ligadas a alguns riscos, como o uso de água contaminada para a diluição da fórmula. Se superdiluída, a fórmula pode causar desnutrição. Além disso, amamentações frequentes mantêm o suprimento de leite materno. Se a fórmula for utilizada e por algum motivo não puder mais ser adquirida, retornar ao leite materno pode não dar certo devido à diminuição de sua produção.
Regulamento para os substitutos do leite materno:
- os rótulos das fórmulas artificiais devem conter informações sobre os benefícios da amamentação e sobre os possíveis riscos à saúde das fórmulas;
- não deve haver promoção dos substitutos ao leite materno;
- não podem ser distribuídas amostras grátis de fórmulas a mulheres grávidas ou mães;
- não devem ser distribuídas ou subsidiadas

Apoio às mães é essencial:
O aleitamento materno deve ser aprendido e muitas mulheres encontram dificuldades no início. Dor no mamilo e o medo de não ter leite suficiente para sustentar o bebê são comuns. A OMS recomenda o treinamento de profissionais da área da saúde para aconselhar, apoiar e encorajar estas mães à amamentação.

Trabalho e amamentação:
A OMS recomenda que as mães devam ter no mínimo 16 semanas de ausência no trabalho após o parto, para que possam descansar e amamentar seu filho. Muitas mães voltam ao trabalho e abandonam a amamentação exclusiva antes dos seis meses por não terem tempo suficiente, local adequado para amamentar ou para estocar seu leite no trabalho. As mulheres precisam de um local seguro e higiênico perto de seu posto de trabalho para continuarem com a prática de amamentação.


Referência (s)World Health Organization. 10 facts on breastfeeding. Disponível em: http://www.who.int/features/factfiles/breastfeeding/en/index.html

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